Meu compadre, meu poeta, Arlindo Cruz
Essa é pra você, compadre, vambora
Eu sempre fui assim mesmo
Firmeza total e pureza no coração
Eu sempre fui assim mesmo
Parceiro fiel que não deixa na mão (que não deixa na mão, compadre)
É o meu jeito de ser
Falar com geral e ir a qualquer lugar (falar com geral)
E é tão normal de me ver
Tomando cerveja, calçando chinelo no bar (aquela gelada)
Não dá pra evitar bate papo informal
Quando saio pra comprar o pão
Falar de futebol
E do que 'tá rolando de novo na televisão
Suburbano nato com muito orgulho (é nóis, compadre)
Trago no sorriso nosso clima de subúrbio
Eu gosto de fritar e jogar uma pelada
Domingo de sol
E fazer churrasquinho com a linha esticada
No poste passando cerol (é passando, passando o cerol)
Cantar partido alto no morro e no asfalto
Sem discriminação, por que (vamo' lá, gente)
Meu nome é favela (é a favela aí, oh)
É do povo, do gueto a minha raiz
Becos e vielas (é becos e vielas)
Eu encanto e canto uma história feliz (o quê?)
De humildade verdadeira
Gente simples de primeira (e salve ela)
E salve ela, meu nome qual é?
Meu nome é favela
É do povo, do gueto a minha raiz
Becos e vielas
Eu encanto e canto uma história feliz (quê?)
De humildade verdadeira
Gente simples de primeira
Não tem como fazer o Manual Prático Do Novo Samba Tradicional
(Meu nome é favela) sem falar do meu compadre Arlindo Cruz
(É do povo, do gueto a minha raiz) um irmão que Deus me deu
(Becos e vielas) Arlindo é desses deuses do samba que veio pra desafiar
(Eu encanto e canto uma história feliz) manter as tradições e cantar
Humildade verdadeira
Gente simples de primeira
E lá vem ela, meu nome qual é?
Meu nome é favela (ai)
É do povo, do gueto a minha raiz
Becos e vielas (vielas)
Eu encanto e canto uma história feliz (de quê?)
De humildade verdadeira
Gente simples de primeira
Gente simples, jeito simples
De favela
(Balacobaco, saca trapo de urubu)
(Pé de pato misturado com, ali, bambo do bambu)
(Siricotico, tico-tico no fubá)
(Tico-tico, pó-de-mico, quero ver no que vai dar)

