Eu tenho a sorte, dos homens sinceros
Das cartas na mesa, dos livros abertos
Do corpo fechado, dos bolsos vazios
Dos homens que andam, sem medo de amanhecer
Tenho a beleza das ruas estreitas
Das cores ausentes, das tardes cinzentas
Dos olhos cansados, dos filmes antigos
Mais já não importar se basta dizer: adeus
E te ver outra vez, como se fosse a última
Quero te ver outra vez como se fosse a última
Tenho saudade da vida passada
Dos velhos amigos, as mesmas risadas
Mãos e conversas em volta da mesa
Que agora calada recorda tristeza
Quem me ilumina, quem me detesta
Guarda essa arma, guarda essa reza
Corpo fechado, bolsos vazios
Já não me importa se basta dizer: adeus!
E te ver outra vez, como se fosse a última
Quero te ver outra vez como se fosse a última...