No lugar da boca, um cristal
No lugar das mãos, pássaros
Olhos são ondas da velha ilha
Onde se encontram homens e deuses
Essa língua que sem querer fala
Leva-o veloz à realidade
Naufraga nessa costa em que mal é Abril
E que nunca chegou a nós
Na ocidental praia vê
Todos esses reis escravos
"Vê neles que não têm amor
A mais que a si somente"
Grita para ouvir um eco que não seja o seu
Espanca as paredes para ter com que lutar
Grita para ouvir um eco que não seja o seu
Espanca as paredes para ter com que lutar
Se não te chega aquilo que somos...
Arrancaremos uma a uma as pedras do chão
Não voltaremos a dormir, olhemos a aurora