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Chico César - Enxerto poético de Cantatéis-Cantos Elegíacos de Amizade / Moer Cana Lyrics



Chico César - Enxerto poético de Cantatéis-Cantos Elegíacos de Amizade / Moer Cana Lyrics
Official




Seu poeta preferido
Bem antes de ser ferido
Já era ferido
Antes
Não visitou as bacantes, as nereidas e as ninfas
Quis beber de sua linfa
Esperou
E não morreu
Esse poeta sou eu
De lira desgovernada
Delírio, musa, amada
Órfão bisneto de Orfeu

Eu pra cantar não vacilo
Digo isso, digo aquilo
Digo tudo que se disse
Digo Veneza
Recife
Fortaleza que se abre
Quero que o mundo se acabe
Se não disser o que sinto
Digo a verdade
Minto
Vertente me arrebata
Minha voz é serenata
Labareda e labirinto

A pena de uma galinha
Trinta caroços de pinha
Doce delírio de Vate
Um colírio, um tomate
Um cartucho de espingarda
O sangue da onça parda
É tudo que trago e tenho

Nada tinha de onde venho
Lenho o que arde sozinho
Beba comigo do vinho
Da arte do meu engenho

De longe escuto o gemido da usina
Adeus, menina do meu padecer
Moer a cana dói, tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver

Moer a cana dói, tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver

Desde anteontem o relógio silencia
Pinga na pia o choro de quem é só
Moer a cana dói, tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó

Moer a cana dói, tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó

Adeus, meu povo Pernambuco e Paraíba
Vim nessa vida pra dizer adeus
Moer a cana dói, tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus

Moer a cana dói, tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus

Em fogo morto vai o afago da saudade
Nem a metade do que queimou queima mais
Moer a cana dói, tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai

Moer a cana dói, tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai
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Seu poeta preferido
Bem antes de ser ferido
Já era ferido
Antes
Não visitou as bacantes, as nereidas e as ninfas
Quis beber de sua linfa
Esperou
E não morreu
Esse poeta sou eu
De lira desgovernada
Delírio, musa, amada
Órfão bisneto de Orfeu

Eu pra cantar não vacilo
Digo isso, digo aquilo
Digo tudo que se disse
Digo Veneza
Recife
Fortaleza que se abre
Quero que o mundo se acabe
Se não disser o que sinto
Digo a verdade
Minto
Vertente me arrebata
Minha voz é serenata
Labareda e labirinto

A pena de uma galinha
Trinta caroços de pinha
Doce delírio de Vate
Um colírio, um tomate
Um cartucho de espingarda
O sangue da onça parda
É tudo que trago e tenho

Nada tinha de onde venho
Lenho o que arde sozinho
Beba comigo do vinho
Da arte do meu engenho

De longe escuto o gemido da usina
Adeus, menina do meu padecer
Moer a cana dói, tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver

Moer a cana dói, tirar a gema
Sobra bagaço nesse meu viver

Desde anteontem o relógio silencia
Pinga na pia o choro de quem é só
Moer a cana dói, tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó

Moer a cana dói, tirar a gema
Era madeira, cupim roeu deixou pó

Adeus, meu povo Pernambuco e Paraíba
Vim nessa vida pra dizer adeus
Moer a cana dói, tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus

Moer a cana dói, tirar a gema
Sol dai a luz, clareia os olhos meus

Em fogo morto vai o afago da saudade
Nem a metade do que queimou queima mais
Moer a cana dói, tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai

Moer a cana dói, tirar a gema
Range a ferrugem e o mel do chorume cai
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Writer: Francisco Cesar Goncalves
Copyright: Lyrics © Warner Chappell Music, Inc.

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