Facção Central Lyrics
Cortando O Mal Pela Raiz Lyrics
Caralho nem brinca que cê tá grávida, há quanto tempo a menstruação ta atrasada?
È bom dar negativo o teste da farmácia, se não arranco o embrião do seu útero na navalha.
Por lei o aborto é permitido, no caso de estupro, ou se a mãe ou o bebê correrem risco.
Pra esse feto é risco eminente de não ter berço, nan, chocalho, mamadeira, casaquinho de lã.
De no PS dividir com outro nenê o colchão, com coqueluche, sarampo, desidratação.
Não quero outro com plástico na cara sufocando, com porco perguntando, e o esconderijo do bando?
Com calafrio do cacetete batendo no escudo, ouvindo gritos de choque, passos de coturno.
Que vai ter plano de saúde golden cross, amil, se eu bater a AK no vidro, psiu, nem um piu.
Não sou pior que o médico da eutanásia, decide o que fica na UTI, e o que vai morrer em casa.
Me julga ai, último país a abolir a escravatura, que escraviza bolivianos na máquina de costura.
Sou mais viver com a chaga, carregar o carma, do que por mais ossada, na cova rasa.
Perdoe Deus se eu tiver matando uma Elis, mais prefiro cortar o mau pela raiz.
As lágrimas não vão molhar seu rosto, a pólvora não vai queimar seu corpo, não vai ser torturado, nem envelhecer no X.
Eu vou cortar o mau pela raiz.
Na urina o teste ficou na cor rosa, gravidez confirmada, é foda.
Vou pro controle de natalidade chinês rigoroso, mulher com 2 filho morre se não fizer o aborto.
Psicopata é um grande enigma médico, atenção psicanálise vou desvendar o mistério.
Nascendo no aterro sanitário meu filho vai matar, cortar orelha até montar colar pra usar.
Querubim vira Frankstein, bate no para choque, se o cú parar pra ocorrência, sobe o corolla do lock.
Que usa pele tirada do animal ainda vivo, não preciso ser do Green peace, pra querer dá um tiro.
Não chora vê a geladeira sem uma cebola, o sofá saindo espuma, o fogão 2 bocas.
Sem luz não tem tv Chavez e Chiquinha, pra que o 4º filho no banho de canequinha.
O Estatuto da criança e do adolescente na prática te torna autodidata em manuseio de automática.
Artesão de granada em tubo de creme de barba, em mais um no parlatório, cadê o alvará advogada?
È do berçário pra Febem, depois penitenciária, da penita pra Bernardes, de Bernardes pra vala.
Não tem criança esperança, ajuda humanitária, um mês de gestação ta no prazo de ir pra privada.
As lágrimas não vão molhar seu rosto, a pólvora não vai queimar seu corpo, não vai ser torturado, nem envelhecer no X.
Eu vou cortar o mau pela raiz.
O que chamam de covardia, pra mim é gesto nobre, não tô brincando de Deus, não clonei a ovelha Dolly.
Me sinto a mão na alavanca da cadeira elétrica, o carrasco acionando a guilhotina na plebéia.
Mais sou melhor que o cusão que não paga pensão, drink pras vacas e o filho morre de inanição.
Mentor do golf capotado depois da derrapagem, seu filho em fuga do garra, herda as ferragens.
Na sala de sutura, na maca o martírio, o civil arrebenta os pontos, soco no curativo.
Dar a luz só pode ser um ato sensato, num mundo sem morte por pinga de 50 centavos.
Sem toque de recolher, até às 10 pode subir, atrasou descola um campo de refugiado pra dormir.
Sem gerente da boca catando bulova na paulista, pra repor o pó que deu no acerto com a policia.
Num mundo que não gire em órbita do rico bombado, que na academia injeta hormônio de uso veterinário.
Tomou cytotec, coca cola com anador, chá de maconha com anador, nada adiantou.
Induzi fiz ela se jogar da escada, mais na linha torta Deus escreveu sua palavra. Nasceu com três e cem de parto natural, faltando membros e com síndrome de Dawn.
As lágrimas não vão molhar seu rosto, a pólvora não vai queimar seu corpo, não vai ser torturado, nem envelhecer no X.
Eu vou cortar o mau pela raiz.