Qual o gosto da hipocrisia regada a whisky e anfetamina?
Qual a cor do seu olhar?
Me diz se há alguém pra amar
Ventos sólidos trazem dispersão, terremotos, assolação
Metamorfoses reinantes no espelho do meio
Azul cinzento
Talismã, guardado dentro do peito
O coração da Terra parou, ninguém reparou
Estamos muito ocupados em olhar o mundo pelo quadrado
Estamos muito ocupados em sermos alienados
O amor onde está?
Morreu! Se perdeu no breu, morreu de inanição
A luz dos olhos teus nos meus, um fragmento de adeus
Estamos loucos demais pra sentir, para olharmos pra trás
Estamos cheios demais para ouvir, para buscarmos a paz
Falsas doutrinas, ideologias sem fundamentos
Discussões de ódio, disputas por um argumento
Quem mais vai querer matar ou morrer?
Quem mais vai poder sobreviver ao horror deste hospício?
Transformamos a água em sangue
Bebemos o vinho
Mentes trucidadas, violentadas, aprisionadas pela escravidão moderna
Um circo sacrosanto
Um amuleto
Um mártir
Um grande finale