Refém do medo você se tornou
Eu disse que queria mais
Ninguém me chamou de maluca
Presa na rua sem saída
No beco da vida, sem um punhal de ferro
Contando flores aos berros
Procurando um porque
Por que de tanta maldade
Disfarçada de boa vontade
De amor, de sei lá o que
Agora eu aqui deitada feito morta
Ensaiando a despedida que insiste em me amar
Amor torto, frio, sem graça
Pesado como fumaça
Penetrando no meu ser
No escuro deste amanhecer