Lisandro Amaral Lyrics
Don Blanco Lyrics
O grito devenha boi perdeu-se na poeira dos tempos ... os fletes já não pisam a baba dos tambeiros pelas estradas polvorentas de saudade ... e muitos lombilhos gastos, hoje encilham cavaletes em quartos pobres de vilas, potreteiro donunca mais... pra onde o bendito progresso apartou os gaúchos de ontem...
Garrão de potro sovado de nazarena,
Um pala gasto que ajeito de chiripá
Garrucha antiga companheira da prateada,
Alma encordoada rumo as criollas de allá
Couro ponteado, frente de rastra Argentina
pança de burro a recordar um Martin Fierro
Que é realidade no banhado do minuano
Rincão pampeano no compasso da cincerro
Teu idioma já fundiu resto de estrada
Pelas potreadas que te oferta o dia a dia,
Criollo antigo desafiando las tropillas
És Minga Blanco de Aceguá à Jesus Maria
Reencarnado aquele zaino que enforquilhas
Rompeu a soga de um poema de Aureliano,
Sonou a venta trouxe um chasque na crineira...
No hay fronteras para ser fiel Hermano
Deixa que venha companheiro essa potrada
Índio minuano mete um pealo e sentas garras
Tu gineteia, eu fecho um verso campo a fora...
Enquanto a espora dá o compasso pra guitarra.