Cheguei ao Ponto de Partida,
Vi o rumo da minha vida,
No reflexo de Lisboa.
Tão airosa, tão bonita,
Tão alegre, tão bairrista,
Cantando o fado, ecoa.
Pelos becos e p'las ruelas,
Lisboa abriu as janelas,
Mostrou seu ar de vaidade.
Abrindo as asas e voando,
Vê o Tejo desaguando,
Volta sempre com saudade.
Dememórias nessas calçadas,
Aos versos das suas quadras,
Olha a nossa tradição,
Mão no peito e alma na rua,
Que a cidade á luz da lua,
Canta com o coração.
Nos grandes feitos que fez,
Orgulho em ser português,
Não achou outra saída,
Assim me visto e me conheço,
Sem a vida do avesso,
Vi o ponto de partida.