Amor é chama ardendo sem se ver
Punhal cravado sem doer
É o demo abraçado a Deus
É a soberana majestade ajoelhada com humildade
Beijando os pés de súditos plebeus
É um suicídio voluntário
É andar calado e solitário
Em meio a mais ruidosa multidão
É um não sei quê que sai de onde não sei
Vem não sei como ninguém sabe nem por que
É uma lagoa em turbilhão
É um não sei quê que sai de onde não sei
Vem não sei como ninguém sabe nem por que
É uma sublime confusão
Quem pode definir o amor
Eu não sei
Só sei que é algo assim misterioso
Um frasco de veneno
Um vinho embriagador
Bálsamo queimando a pele
Ácido matando a sede
É vendaval, é calmaria
É tristeza, é alegria
Assim é que eu entendo o amor