Oh luar do sertão
Oh luar do sertão
Olodum traz a avenida
Do Saara ao Sudão bis
Mauritânia, Níger Chade
Líbia, Egito
Oh Sudão
Olha o negro em pedaços
Amarrado no mourão
Um bezerro arrastado
Pela seca sem perdão
Tanto ermo, cana-brava
Tanto osso pelo chão
Inda sobra essa marvada
Vida vil em perdição
Tantas vezes já cantada
Por Gonzaga do baião
Eu não quero a Seara
Basta a água
Basta o pão
Uma sombra no Saara
Uma luz na escuridão
Sanfoneiros do nordeste
Toda forma de paixão bis
Oh luar do sertão
Oh luar do sertão
Olodum traz a avenida
Do Saara ao Sudão bis
Minha vida é vazia
Já não tenho que contar
Os meus passos na areia
Eu não sei se vão ficar
Meu cavalo galopeia
Com vontade de parar
Só almoça quem não ceia
O que guardou pro jantar
A Jurema, a caatingueira
O pereiro e o manacaru
Tem famílias faveladas
Entre a seca e o urubu
Retirante se retira
Mai pro norte
Ou mais pro sul
Com faz a asa branca
Quand busca o céu azul
Oh luar do sertão
Oh luar do sertão
Estendido pela Africa
No nordeste feito em vão
Oh luar do sertão
Oh luar do sertão
Olodum traz a avenida
Do Saara ao Sudão bis
Eu nasci lá no mocambo
Sou filho de lampião
Que molhou a terra seca
Quando o sangue foi ao chão
Paraíba masculina
Mulher braba feito o cão
Atira de carabina
E melhor de mosquetão
E mulher que não vascila
Nao lhe rende o coração