Vou ser a partir de agora
O amigo do poeta
Que vislumbra em cada aurora
Uma causa e uma meta
Perseguindo as ilusões
Dispensando toda a ajuda
Ele revê-se num Camões
Num Pessoa ou num Neruda
Tão patéticos os sonhos
Tão inútil o suplício
Mas do médico e do louco
Todos temos algum vício
E ao chorar de pena em riste
É incrível que ele nem note
Que Cervantes não existe
Quem existe é Dom Quixote
Quem existe é Dom Quixote