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Petrus Castrus - Morte Anunciada Dum Taxista Obeso Lyrics



Petrus Castrus - Morte Anunciada Dum Taxista Obeso Lyrics




Se a tragédia aconteceu
Não foi por falta de aviso
Porque minha querida esposa
Sempre teve bom juízo

Insistia cada dia
Que eu tivesse mais cuidado
E ela sempre me dizia
Os pneus nessa barriga
São prenúncios dum enfarte

Vê se paras de comer
Essa comida da pressa
Depois pode já ser tarde
Por favor deixa-te dessa

E acrescentava com carinho
Vê se arranjas mais juízo
Olha bem p'rá tua idade
Não te esqueças das pastilhas
Não te enerves na cidade
Guia o táxi devagar
Hoje anda tudo tão louco
Que todo o cuidado é pouco
Por favor não venhas tarde
Não me deixes assustada
Meu amor, tem cuidado
Que não te aconteça nada
Não venhas tarde

E eu fiz-me à estrada na alva
À procura do cliente e lucro
Na selva, no mundo do auto-imóvel
Nas circulares que não circulam nada
Na chuva ácida, no tempo escasso
Perdi a voz e a calma a apitar à gente
No meio de insultos, de gritos - seu palerma
Na louca raiva dum acidente
Nos formulários pouco amigáveis

Foi de repente
A dor no peito
Caí no chão
Quebrou-se a mola
E caiu-me a mão

E eu senti uma paz
E senti-me livre
Das dores no peito
Flutuei no ar
E fiquei a olhar
Meu corpo hirto

Vieram p'ra lutar comigo
Uns homens de branco
A soprar-me a vida
E eu tive que escolher
Regressar ao corpo
Ou então ceder

E eu cedi

Já não posso mais
Desculpa eu partir assim
Não esperes por mim
Já não volto atrás
Já não vou jantar ao pé de ti
Vou ver o fim do túnel
Vou devagarinho
Sinto ao fundo alguém
Um ser de luz a esperar por mim
Vou passar a porta
E saber enfim

Então eu vi
[ Correct these Lyrics ]

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Se a tragédia aconteceu
Não foi por falta de aviso
Porque minha querida esposa
Sempre teve bom juízo

Insistia cada dia
Que eu tivesse mais cuidado
E ela sempre me dizia
Os pneus nessa barriga
São prenúncios dum enfarte

Vê se paras de comer
Essa comida da pressa
Depois pode já ser tarde
Por favor deixa-te dessa

E acrescentava com carinho
Vê se arranjas mais juízo
Olha bem p'rá tua idade
Não te esqueças das pastilhas
Não te enerves na cidade
Guia o táxi devagar
Hoje anda tudo tão louco
Que todo o cuidado é pouco
Por favor não venhas tarde
Não me deixes assustada
Meu amor, tem cuidado
Que não te aconteça nada
Não venhas tarde

E eu fiz-me à estrada na alva
À procura do cliente e lucro
Na selva, no mundo do auto-imóvel
Nas circulares que não circulam nada
Na chuva ácida, no tempo escasso
Perdi a voz e a calma a apitar à gente
No meio de insultos, de gritos - seu palerma
Na louca raiva dum acidente
Nos formulários pouco amigáveis

Foi de repente
A dor no peito
Caí no chão
Quebrou-se a mola
E caiu-me a mão

E eu senti uma paz
E senti-me livre
Das dores no peito
Flutuei no ar
E fiquei a olhar
Meu corpo hirto

Vieram p'ra lutar comigo
Uns homens de branco
A soprar-me a vida
E eu tive que escolher
Regressar ao corpo
Ou então ceder

E eu cedi

Já não posso mais
Desculpa eu partir assim
Não esperes por mim
Já não volto atrás
Já não vou jantar ao pé de ti
Vou ver o fim do túnel
Vou devagarinho
Sinto ao fundo alguém
Um ser de luz a esperar por mim
Vou passar a porta
E saber enfim

Então eu vi
[ Correct these Lyrics ]
Writer: José Castro
Copyright: Lyrics © O/B/O DistroKid




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