Oh, mãe, aonde vive a inocência?
Que andava nua e só por Piedade
Na vida nada é mera coincidência
Eu acho que também ela sente saudade
Parece que ela vem morar comigo
Será que sente a falta de um amigo
Mãe, deixa a janela aberta se ela gosta de voar
Mãe, ela se vai, avisa ao pai que ela se esvai de mim
Estabelece o fim se desvanece
Faz seu próprio gurufim assim que o corpo cresce
Ela fenece e encarna em outro guri
Oh, mãe, hoje eu sangrei, me transformei numa mulher
Enfim, não chore e tenha fé que o pranto da inocência é santo
Menino Deus brincando de quadrilha em São João
E eu já não brinco não, é o tempo da ilusão
Oh, mãe, na alma eu trago a tua imagem
Já tatuada pela tua essência
Bem sei que a vida é uma simples passagem
Seguir teus passos, mãe, não é coincidência
Me ajuda, oh mãe, a prosseguir viagem
Na curta estrada da adolescência
Pai venha dançar a valsa derradeira da inocência
Pai venha dançar a valsa derradeira da inocência