Há um barco que dispara na banheira do leva o vento
Vejo vinte mil turcos que me esperam
Nos vales da sala de estar
Tenho uma espada de pau e uma vassoura
Que monto para a batalha
Rezo de olhos fechados a lei marcial
Dos cavaleiros da cruz
Há um doido que é rei
Preparado para gritar
Vejo um galo de luta vestido
Para matar com amor
Tenho saudades do coldre de plástico
Seguro com um cordel
Rezo lágrimas da terra da luz
Terra do santo que chora
Muito caminhei ao vento, sozinho como um velho
Sinto a morte sem rosto que me ilude ao espelho
Há um destino sangue beato no império português
Vejo no regaço da rainha pães e lego
Iluminura céu sem chão
Muito me perdi no sonho
Herói como um garoto
Sinto na alma a luz
Acordo e estou morto
Muito caminhei ao vento
Sozinho como um velho
Sinto a morte sem rosto que me ilude ao espelho