De dia, eu me queimo no sol da Bahia
De noite, eu enfrento o açoite do mar
Na tarde do meio de abril, você me deixou e partiu
Pra ver o vestido de Iemanjá
De dia, eu me acabo na vida baldia
De noite, quem sabe eu apoite ao luar
Na tarde tingida de anil, você me amou e sumiu
Com choro de sal me roendo o olhar
De dia, eu me mato na rua vadia
De noite, um pernoite sem tempo ou lugar
Na tarde de agosto senil, você traz de volta o ardil
Do beijo que ainda vai me algemar
É a beira-mar
Meu velho clichê
Vazar, voltar
E amar você
De dia, eu me mato na rua vadia
De noite, quem sabe eu apoite ao luar
Na tarde de agosto senil, você traz de volta o ardil
Pra ver o vestido de Iemanjá
De dia, eu me acabo na vida baldia
De noite, eu enfrento o açoite do mar
Na tarde tingida de anil, você me amou e sumiu
Do beijo que ainda vai me algemar
De dia, eu me queimo no sol da Bahia
De noite, um pernoite sem tempo ou lugar
Na tarde do meio de abril, você me deixou e partiu
Com choro de sal me roendo o olhar
É a beira-mar
Meu velho clichê
Vazar, voltar
E amar você