O céu de repente anuviou
E o vento agitou as ondas do mar
E o que o temporal levou
Foi tudo que deu pra guardar
Só Deus sabe o quanto se labutou
Custou, mas depois veio a bonança
E agora é hora de agradecer
Pois quando tudo se perdeu
E a sorte desapareceu
Abaixo de Deus só ficou você
Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou e não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor
Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou e não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor
Quando tudo parece que estar perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é bom amigo
Quem 'tá contigo quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo
E também a gostar de quem gosta de mim
Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou e não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor
Morro dos prazeres que você me dá
Quando eu não sair de marola, eu vou te levar
Você dorme cedo, e eu só vou deitar
Quando dou o tom da viola pro galo cantar
Amor, me perdoe se às vezes eu surto
Tirando essas ondas que curto
E não lembro de voltar
Você sabe bem, minha doce alma gêmea
Quem tem a alma boêmia
Não consegue segurar
É que o samba pega que nem feitiço
E quando me pega, eu enguiço
Só saio quando acabar
Eu vou pra gamboa e de lá vou pra Lapa
Aí o bom senso me escapa
Amor, eu não sei como evitar
Eu subo a colina e pra minha surpresa
Alguém diz em Santa Tereza
Que o dia já vai clarear
Morro dos prazeres que você me dá
Quando eu não sair de marola, eu vou te levar
Você dorme cedo, e eu só vou deitar
Quando dou o tom da viola pro galo cantar
Morro dos prazeres que você me dá
Quando eu não sair de marola, eu vou te levar
Você dorme cedo, e eu só vou deitar
Quando dou o tom da viola pro galo cantar
Fui no pagode
Acabou a comida
Acabou a bebida
Acabou a canja
Sobrou pra mim
O bagaço da laranja
Sobrou pra mim
O bagaço da laranja
Fui no pagode
Acabou a comida
Acabou a bebida
Acabou a canja
Sobrou pra mim
O bagaço da laranja
Sobrou pra mim
O bagaço da laranja
Tamanha desilusão
Me deste
Oh, Flor
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei
Foi meu mal, abre a boca moçada
Agora
Uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor
Eu tenho um santo
Padroeiro, poderoso
Que é meu pai Ogum
Eu tenho
Tenho outro santo
Que me ampara na descida
Que é meu pai Xangô
Caô
E quem me ajuda
No meu caminhar, nessa vida
Pra ir na corrida do ouro
É Oxum, é Oxum
Nas mandingas que a gente não vê
Mil coisas que a gente não crê
Valei-me, meu pai, atotô, Obaluaê
Obaluaê
Por isso que a vida que eu levo é beleza
Eu não tenho tristeza e só vivo a cantar, cantar
Cantando eu transmito alegria
E afasto qualquer nostalgia pra lá, sei lá
E há quem diga que essa minha vida
Não é vida para um ser humano viver, pode crer
E nas mandingas que a gente não vê
Deus abençoe a todos
Valei-me, meu pai, atotô, Obaluaê
Valei-me, meu pai, atotô, Obaluaê
Valei-me, meu pai, atotô, Obaluaê
Ô Irene, Ô Irene
Ô Irene, Ô Irene
Vai buscar o querosene
Pra acender o fogareiro
Vai buscar o querosene
Pra acender, ô Irene
Ô Irene, Ô Irene
Ô Irene, Ô Irene
Vai buscar o querosene
Pra acender o fogareiro
Vai buscar o querosene
Pra acender, Dona Fia, Dona Fia
Dona Fia, cadê ioio
Cadê ioio, Dona Fia
Valeu, rapaziada
Valeu, valeu, valeu
Valeu chorinho
Dona Fia, cadê ioio
Cadê ioio, Dona Fia
Cadê ioio, cade ioio
Pedi pra parar