Quando eu comecei a fumar não foi por causa do cinema
Não foi pela propaganda, não foi para imitar os caras da banda
Nada de ser descolado, nem portador de rebeldia
Não foi por que o meu pai fumava, não foi, nem de cigarro eu gostava.
Malena, nome fictício para indicar a responsável por meu vício.
Morava na esquina, ao lado do portão de entrada
Do parque da quadra que a gente jogava.
Bela, do lar, recatada
Todo predicado de uma dama muito, muito, muito, muito.
Mas tinha um segredo, ela me pedia
Para levar-lhe um cigarro quando ninguém via.
E é claro que eu faria. Um trago eu daria.
Pra lhe acender um cigarro.
Pra lhe acender.
Pra lhe acender um cigarro.
Pra lhe acender.