Já se perde na distância uma lembrança benquista:
parti com a minha infância num véio trem da Paulista.
Saí para a nova sina, busquei caminhos diverso,
mas hoje vorto, Campina, trazendo este meu verso.
Véio mercado mandou para a cidade vizinha
toda a ternura de um bando das saudosas andorinha.
E a luta do passado, de que nunca me esqueci:
sobre o verde gramado, Ponte Preta e Guarani.
Cheirosa reminiscência, a bandinha e o lampião,
jardim da Beneficência, véia estátua de Camôe.
Casa dos véio teiado aos pouco desaparece,
acompanhando o progresso, Campina que muito cresce.
Cidade que nos ensina, entre nome, varonil.
Tu és o berço, Campina, Carlos Gome do Brasil.
Eu te peço, não abandone, minha querida cidade,
um cantinho pro meu sono, Cemitério da Saudade.