Quinhentos anos de história
Se não me falha a memória
Não há muito que comemorar
Melhor que se investir de glórias ilusórias
E se por em seu devido lugar
Os anos e danos da colonização
Índios dizimados, a escravidão
Ainda se fazem lembrar
De que vale Ter riquezas em demasia
No mundo ser a oitava economia
Se poucos podem desfrutar
A educação entre as piores do terceiro mundo
A saúde é um poço profundo
(Que humilhação)
Onde se lança a sorte da população
A dignidade não se irá conquistar
Nem com dez copas mundiais
Se a injustiça é a premissa da
Ordem a nos desgovernar
Com a ditadura sem compostura
De quem pode mais
O salário mínimo é um salário mísero
O máximo da hipocrisia
(Tente Sr. Presidente, passar ao menos um
Dia com um salário tão indecente)
É uma afronta a cidadania
Uma ofensa aos direitos do cidadão
Do trabalhador, da família
Uma verdadeira agressão
A justiça omissa e submissa
Poderosos imunes a punição
(A impunidade é uma crônica enfermidade
Que corrói o corpo da sociedade assim
Como a corrupção
Sem falar no fisiologismo
Na politicagem e no banditismo
De um capitalismo selvagem
Sem lei e sem restrição)