Ser poeta e ser mais alto
É ser maior do que os homens
Morder como quem beija
É ser mendigo e dar como seja
Rei do reino de aquem e de alendor
É ter de mil desejos o explendor
E não saber sequer que se deseja
É ter ca dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor...
É ter fome, e ter sede de infinito
Por elmo as manhãs d'ouro e de cetim
É condensar o mundo num só grito...
E e amar-te assim, perdidamente
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente...