Vento solar, que um dia ouvi dizer
Sopra do astro rei, no espaço sideral,
No polo, onde vista tão fria e tão pálida,
Faz a dança majestosa da aurora boreal
O mar de gelo branco evocando solidão
O silencio estrondoso propagado na imensidão
A noite dura, que por vezes, faz devorar o dia
Aumentando a solidez dessa realidade fria
Tem dia que me sinto assim
Um polo ártico em mim
Falta-me o vigor de outrora
Penso talvez seja o fim
Mas lembro-me bem de Ti
Que és fonte de alegria
És a mais linda das poesias
É dás sentido a todo ser
Mesmo que o mar da agonia
Tente me sorver
Eu sei que tudo podes, Senhor
Vem me socorrer
Oh! vento solar, sopre neste mar
Pra iluminar a minha densa noite
Espero em ti, para que eu saia
Desse mar sem fim
E ganhe asas e voe
E paire no infinito da vida
Cristo, sopro da vida!