No papel, papelote de açúcar
Entres espelhos dos prédios, retratos
Tem São Paulo, Pequim e Chicago
É bom trago de café amargo
Pra sorrir mesmo desanimado
Senta aqui, vou te dar um recado
Tudo muda
Na metrópole eu beijo no asfalto
Asfixia o peito assutado
Avermelha o olho o bom baseado
Pra sorrir mesmo desanimado
Senta aqui, vou te dar um recado
Tudo muda
Tem pipoco e pipoca, compade
Para os reis tem pipoca à vontade
Tem pipoco e pipoca, compade
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Na favela tem moço engajado
Sempre ri quando passa um viado
Sem saber que reforça o passado
Nada muda
Uma muda de arruda trás sorte
E protege a travesti da morte
Tem pipoco e pipoca, compade
Para os reis que comandam a cidade
Possam ver tudo muito à vontade
Na favela tem moço engajado
Sempre ri quando passa um viado
Sem saber que reforça o passado
Nada muda
Tem pipoco e pipoca, compade
Para os reis tem pipoca à vontade
Tem pipoco e pipoca, compade
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Uma muda de arruda traz sorte
E protege a travesti da morte
Tem pipoco e pipoca, compade
Para os reis que comandam a cidade
Possam ver tudo muita à vontade
Na favela tem moço engajado
Sempre ri quando passa um viado
Sem saber que reforça o passado
Nada muda
Tem pipoco e pipoca, compade
Para os reis tem pipoca à vontade
Tem pipoco e pipoca, compade
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca
Tem pipoco e pipoca ah