Pelos vales, andava
Segurando a mão da morte
Com cegos caminhava
Vivendo pela sorte
A escuridão, minhas paredes
A ignorância, o meu teto
Meu amor, tão fechado
E o meu ódio, tão aberto
Mas mesmo assim me amou
E mesmo assim me resgatou
Mas, que graça é essa?
Não consigo entender
Como pôde me amar?
Quando os seus olhos eu nem queria ver
Entrou no meu coração
Tirou toda minha raiva
Me limpou de todas as coisas
Que dentro de mim queimavam
Rasgou as convicções
De que eu era esquecido
As lançou no mar do esquecimento
E me chamou de filho
Me chamou de filho
Mas, que graça é essa?
Não consigo entender
Como pôde me amar?
Quando os seus olhos eu nem queria ver
Mas, que graça é essa?
Não consigo entender
Como pôde me amar?
Quando os seus olhos eu nem queria ver
Quando os seus olhos eu nem queria ver
Quando os seus olhos eu nem queria ver