A minha filosofia só destrona a democracia
Não espero e evito, albergo convicto a anarquia
Construo telhados de vidro, mas vivo debaixo dos mesmos
Dou comigo a fazer estrilho em telhados diferentes dos meus
Eu Sou um paradoxo, paragonico, perigoso
Pedinte de crenças firmes para perder o que ninguém trouxe
Troçista de plantão, convicto da convicção
Não sou rei de Francia mas espero por uma execução
E fortemente me agrada esse vosso senso aflito
Prova que pegando em nada provoco em vós conflito
E finjo ser um de vós para vos dar um murro no estomago
Não é um monstro na voz mas é a voz de um monstro
Falas bem mas não me aqueces, só me arrefeces
Só me aconchegas com palavras comparadas a fezes
Fetch, as minhas palavras que comparadas a Deuses são alicerces
Tu ali cedes, tu ali metes, tu ali tiras, tu ali cais, tu ali mentes
Teus alimentos tais quais aquelas damas frias que dizes comer, mentiroso
Dou monologos a surdos-mudos sobre as minhas visões
Este sou eu, não mudo, prestes a fazer milhões
E vocês atarefados, procuram de significado
É um "Surpresa, cabrão", mas muito menos elaborado
Eu sou um Caeiro reles com tendencias para um Reis
Sou um dos três Migueis (três?)
Sou a trindade santa e o diabo quando assim quero
Sou o ser mais desapegado mas nunca menos sincero
Quase vejo a dama a tirar notas, como a psicologa
Eu aqui diminuido por ser um artolas ou um heroi
Um quase nulo homem mas sei fazer coisas que
Qualquer feminista iria dizer vindas de um deus