(A VERDADE É QUE NUNCA ESTAMOS VERDADEIRAMENTE SOB
POSSE DAS NOSSAS CAPACIDADES
OU PELO MENOS ASSIM O DESEJO
PARA PODER JUSTIFICAR TODO ESTE MAL ENTENDIDO NA MINHA CABEÇA
COMO PODES TU DIZER-ME QUE ESTOU ERRADO?)
Eu perdia tanto tempo sem saber meu nome
Que hoje estou tão dormente de saber quem sou
E mal é se estou contente porque com tanta dor
Escrevo a melodia docente de outro dissabor
E outro disse a cor, prego sem fervor
Preto é o que visto e a alma é vapor
Isto visto fogo de vista, seguido de "sim, senhor"
E eu prefiro fogo na vista que obra em explendor
Agora sou mero zero, mas nunca tentei temer-te
Sempre te disse o que quero, fiz o que tentei dizer-te
Nunca mais caio no erro de tentar que tu tentes
Nunca mais caio no erro de achar que somos diferentes
Mas não dá, não nunca sinto
Eu perdi tanto milagre presente na verdade de estar quando não estive
Eu perdi outra simpática por ser tão amável e estar contente assim
Confirmo que não sou forma ideial
Confirmo que não sou forma de mim
Mas se hoje sou ouvidos é porque estás comigo e hoje eu estou aqui
Dias maus correm nas veias de quem se apaixona
E como Verona, não há mal que não nasça do amor
Amor... o que é o amor afinal? Talvez uma corrente que nos faz ficar cegos
Pouco cientes de que estamos pior que mal
Só amei uma vez, não temo pelo que fiz
Amei e amei tanto que quando deixei de amar senti que fui eu que perdi
Mas não perdi, ou não me perco por alguém que não eu
E para ser sincero, foi esse alguém quem perdeu
Não é que seja má pessoa, ou ingrata, ou malvada
Mas as atitudes dela mascararam-na como mal intencionada
E como uma lágrima em minha face pendurada
Outrora devia-te o mundo, hoje não te devo nada