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Elizeth Cardoso - Por Causa Desta Cabocla/No Rancho Fundo/Caco Velho Lyrics



Elizeth Cardoso - Por Causa Desta Cabocla/No Rancho Fundo/Caco Velho Lyrics
Official




À tarde
Quando de volta da serra
Com os pés sujinhos de terra
Vem a cabocla passar
As flores vem pra beira do caminho
Pra ver aquele jeitinho
Que ela tem de caminhar
E quando ela na rede adormece
E o seio moreno esquece
De na camisa ocultar
As rolas
As rolas também morenas
Cobrem-lhe o colo de penas
Pra ele se agasalhar

A noite
Dos seus cabelos
Os grampos são feitos de pirilampos
Que a estrelas querem chegar
E as águas dos rios
Que vão passando
Fitam seus olhos pensando
Que já chegaram ao mar
Com ela dorme toda a natureza
Emudece a correnteza
Fica o céu todo apagado
Somente com o nome dela na boca
Pensando nesta cabocla
Fica um caboclo acordado

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade contam coisas da cidade
No rancho fundo de olhar triste profundo
Um moreno canta as mágoas tenho os olhos rasos d'água

Pobre moreno que de tarde no sereno
Espera a Lua no terreiro
Tendo um cigarro por companheiro
Sem um aceno, ele pega da viola
E a Lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria nem de noite nem de dia
Os arvoredos já não contam mais segredos
E a última palmeira já morreu na cordilheira

Os passarinhos internaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza
Enche de trevas a natureza
Tudo por quê? Só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno para uma casa de sapé

Se Deus soubesse da tristeza lá na serra
Mandaria lá pra cima todo amor que há na terra
Porque o moreno vive louco de saudade
Só por causa do veneno das mulheres da cidade

Ele que era o cantor da primavera
Que até fez do rancho fundo
O céu maior que tem no mundo
O Sol queimando se uma flor lá desabrocha
A montanha vai gelando lembrando o aroma da cabrocha

Reside no subúrbio do Encantado
Num barracão abandonado
João de tal, cabra falado

Dizem que viveu fora da lei
Foi um rei
Que zombava da morte
E tinha um santo forte

No meio da gente bamba
O seu prazer era tirar um samba
Pulava, dava rasteira
Topava briga de qualquer maneira

Mas hoje é um caco velho
Que não vale nada
Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada
Faz até pena ver o seu estado
Pobre coitado

A vida é essa
É um segundo que se esvai depressa
Todos nós temos o nosso momento
E depois dele, só o esquecimento

Mas hoje é um caco velho
Que não vale nada
Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada
Faz até pena ver o seu estado
Pobre coitado

A vida é essa
É um segundo que se esvai depressa
Todos nós temos o nosso momento
E depois dele, só o esquecimento
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À tarde
Quando de volta da serra
Com os pés sujinhos de terra
Vem a cabocla passar
As flores vem pra beira do caminho
Pra ver aquele jeitinho
Que ela tem de caminhar
E quando ela na rede adormece
E o seio moreno esquece
De na camisa ocultar
As rolas
As rolas também morenas
Cobrem-lhe o colo de penas
Pra ele se agasalhar

A noite
Dos seus cabelos
Os grampos são feitos de pirilampos
Que a estrelas querem chegar
E as águas dos rios
Que vão passando
Fitam seus olhos pensando
Que já chegaram ao mar
Com ela dorme toda a natureza
Emudece a correnteza
Fica o céu todo apagado
Somente com o nome dela na boca
Pensando nesta cabocla
Fica um caboclo acordado

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade contam coisas da cidade
No rancho fundo de olhar triste profundo
Um moreno canta as mágoas tenho os olhos rasos d'água

Pobre moreno que de tarde no sereno
Espera a Lua no terreiro
Tendo um cigarro por companheiro
Sem um aceno, ele pega da viola
E a Lua por esmola
Vem pro quintal desse moreno

No rancho fundo bem pra lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria nem de noite nem de dia
Os arvoredos já não contam mais segredos
E a última palmeira já morreu na cordilheira

Os passarinhos internaram-se nos ninhos
De tão triste esta tristeza
Enche de trevas a natureza
Tudo por quê? Só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno para uma casa de sapé

Se Deus soubesse da tristeza lá na serra
Mandaria lá pra cima todo amor que há na terra
Porque o moreno vive louco de saudade
Só por causa do veneno das mulheres da cidade

Ele que era o cantor da primavera
Que até fez do rancho fundo
O céu maior que tem no mundo
O Sol queimando se uma flor lá desabrocha
A montanha vai gelando lembrando o aroma da cabrocha

Reside no subúrbio do Encantado
Num barracão abandonado
João de tal, cabra falado

Dizem que viveu fora da lei
Foi um rei
Que zombava da morte
E tinha um santo forte

No meio da gente bamba
O seu prazer era tirar um samba
Pulava, dava rasteira
Topava briga de qualquer maneira

Mas hoje é um caco velho
Que não vale nada
Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada
Faz até pena ver o seu estado
Pobre coitado

A vida é essa
É um segundo que se esvai depressa
Todos nós temos o nosso momento
E depois dele, só o esquecimento

Mas hoje é um caco velho
Que não vale nada
Tem a cabeça branca e a pele encarquilhada
Faz até pena ver o seu estado
Pobre coitado

A vida é essa
É um segundo que se esvai depressa
Todos nós temos o nosso momento
E depois dele, só o esquecimento
[ Correct these Lyrics ]
Writer: Ary Barroso, Luiz Peixoto
Copyright: Lyrics © Peermusic Publishing




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