[ Featuring Emicida ]
Que dardos os dados trazem hoje?
Tudo é camuflado, sabe?
A leiloar no ar
Nós e nossa privacidade
Tipo o leopardo e o bote
O papa-léguas e o coiote
No meio de tanto Pad
A vida pede, enquanto a gente
Notebooks e faces
Truques e jeitos
Putz, o tempo passou
A gente curte e deixa
Surte efeito
Surge sempre a dor
Além do código binário
Algoritmos, pop-ups
Tipo presidiários
Agora os deuses moram junto dos backups
Numa nuvem poluída
Carbonos, informações
Pense na tormenta ser
Parida por essas monções de Notebooks e faces
Truques e jeitos
Putz, o tempo passou
A gente curte e deixa
Surte efeito
Surge sempre a dor
Snaps e chats
E gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Snaps e chats
E gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Snaps e chats
E gadgets bons
Tudo é meio Jetsons
Enfim, na boa
Mas o primeiro touchscreen foi de uma pessoa
E os notebooks e faces (vieram depois)
Truques e jeitos (truques e jeitos)
Putz, o tempo passou (e fica sempre a mesma sensação)
A gente curte e deixa (depois esquece)
Surte efeito (é quente)
Surge sempre a dor
(Aí, meu parceiro, seguinte)
Diria Lombardi isso é incrível!
O digital desossa o indivisível
E se a locomotiva aqui pegamos pro futuro
Usar o ódio como combustível
O que é o pódio? O que é o próximo nível?
Se já estamos em frangalhos, em destroços
E agora a inteligência artificial piora tudo
E doma sentimentos nossos, tão nossos
Em cliques, cliques, cliques
Lights, lights, web host
Em todo lugar, em lugar nenhum, tipo Ghost
O conforto é uma arapuca de Wall Street
Onde alguns estão presos em postes
Outros em posts de
Notebooks e faces (como condenados)
Truques e jeitos (como coitados)
Putz, o tempo passou (e no final, o que resta de nós)
A gente curte e deixa (extasiados)
Surte efeito (anestesiados)
Surge sempre a dor