As telhas já estão pesando
Sobre esta casa cansada
Em silêncio ela espera
A hora de ser julgada.
Avenidas se debruçam
Sobre a casa condenada
A casa é muito grande
Uma casa não é nada.
Uma casa é só o rosto
De um sorriso de criança
De uma noite de agonia
De um dia de esperança
De um vazio de ternura
Que nem chega a ser lembrança.