Passo o dia inteiro a jogar matrecos
Nem tenho tempo de almoçar
Enquanto como uma pera seguro no varão,
Meto golos sem parar.
Muitos queriam ser da realeza
Pretendentes ha aí aos molhos
Mas com direito a um trono, concerteza
Só ha um: sou eu e mais nenhum!
Eu sou o rei, o rei, rei dos matraquilhos
Brinco com as bolas como o caraças
Rei, o rei, rei dos matraquilhos
Tenho prateleiras cheias de taças
E dou a cara sempre que e preciso
Assim se vê a nobreza de quem e rei.
Eu e a minha raínha vamos de terra em terra
Com os matrecos enfiados na carrinha
E no meio da praça tiramo-los da carrinha
Damos um «show» do caraças
Ela pega num megafone
E a todos começa a desafiar
Quem lhe quiser bater nos matrecos
Vai ter que dar a cara e pagar.