Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem
Me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz
Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
É ver que toda essa engrenagem (você gosta né)
Já sente a ferrugem lhe comer (canta ai, canta ai, vem ver, diz)
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz
Êh, ô, ô, vida de gado
Povo marcado êh, povo feliz