Era um dia tão lindo/ e eu não sabia onde/ e nem como cantar/ Era eu caminhando assim como a jangada/ no balanço do mar/ Era um sol tão bonito e minhas mãos não sabiam/ que podiam cantar/ Era um sol tão brilhante/ e eu nem mesmo sabia/ que podia enxergar/ Eu estava só/ na noite do silenci/ sem brilho de estrelas a iluminar/ No canto, só lamento/ viola emudecida/ Era só medo no olhar/ Era a solidão/ a me acompanhar/ e a sombra da angústia de não saber/ de me sentir ausente/ disperso em minha história/ sem sonho algum pra contar/ Hoje, quero ter/ nos olhs a clareza/ ao longo dessa estrada a percorrer/ e ver a realidade/ sem mitos, sem mistérios/ Quero o mundo viver/ Tantos ainda esperam/ nas aldeias, na agonia/ no silêncio adormecido dos corações/ Muitos, só esperam/ inertes na neblina/ um sol imenso brilhar.