Mãos de poeta riscando a madrugada/ Uma curta pincelada, e a poesia vem, completa/ Me invade essa torrente de amor e de magia/ que mancha de alegria o chão e os muros da cidade/ Quanta alegria, quanto feitiço, humor e malícia/ É riscar o muro sem compromisso e fugir da polícia/ Pior é pro dono do muro/ que, fulo, mordido, irritado/ caça o poeta no escuro/ gritando: "Pixador danado!/ te pego, te esfolo, te esfrego/ Eu sou violento, não nego/ Você cutucou o meu ego!/ Limpa aí! Senão pra polícia eu te entrego!