Sou famoso por ser navegante
E por mais distante que me passe o sonho
Já não é medonho o mundo
O mundo que me invade
E se ainda arde no peito a força bruta
é que não me oculto no viver constante
Quase nunca vivo a minha vaidade
Que é da mesma idade da minha loucura
Não conheço cura no fugir da luta
Pois quem sempre amputa sua consciência
é por coincidência o medo das tuas verdades
Mas tu só pensavas na tua coroa
E à toa sempre me olhavas triste
E se agora existe o brilho no teu olho
é que eu colho as sombras do teu vão passado
Que era tão pesado e hoje em dia voa
E hoje em dia voa