Você insiste em me fazer de louca
E eu grito sem voz
Digo adeus a todos nós
Não há mais deuses, nem máscaras
Nem hipocrisia
Tudo veio a tona
Na madrugada vazia
Você anda por aí disfarçado de gente
Há quem pense que é tudo ilusão
É tudo jogo marcado desde o início
Enquanto éramos feitos
De pó de vidro
Somos feitos de pó de estrelas caídas
Na tempestade, no buraco negro
Somos pó de estrelas que jaz a vida
Memória escondida de todo desalento
Amores perdidos ao vento
Desilusão sem medo
Escravidão do amor, a morte da flor
Somos feitos de margaridas
Secas, murchas, sem vida
Somos o que sobrou da dor