(Lb Único produziu)
23 (eu 'to a mil)
Meus mano' vencendo na vida
E na boca da esquina a vida vence os mano'
O Estado genocida incentiva
Hoje o menor tem ódio, mas já teve um sonho
Um montão não tiveram saída
Dentro de casa os problema' só vão aumentando
E o pai viciado te agredia
Já viveu isso um dia pra tu 'tá julgando?
É que tu não vale o que tu é
Tu vale o quanto tu tiver dentro balso
Um montão focado em Nike Air
Eu foquei em tirar a mãe fundo do poço
Os de verdade nóis sabe quem é
Diferente dos que quer pagar de bom moço
Então escolhe na mão ou no pé
Pra aprender a dar respeito pa' mulher dos outro'
Intimidade nóis não tem
Deve ser por isso a expressão no meu resto
Meu sorriso não quer dizer que eu 'to bem
Vários bagulho' doido' que até da desgosto de pensar
Nóis sofre tanta covardia, mas nóis nunca vai cometê-la
Tu colhe o que tu planta, um dia a cobrança é severa
Então corre, menor, pra não viver no meio dessa guerra (no meio dessa guerra)
Mas graças a Deus eles tão se inspirando
Meus mano' vencendo na vida
E a boca na esquina a vida vence os mano'
O Estado genocida incentiva
O menor cheio de ódio, mas já teve sonho
Um montão não tiveram saída
Dentro de casa os problema' só vão aumentando
E o pai viciado te agredia
Já viveu isso um dia pra tu 'tá julgando? (Eu lembro eu 'tava começando)
A conhecer o Brasil
Meu mano caiu dentro da cela
Tanta violência molda a conduta
Artista da rua, filho da tragédia
Eu acho engraçado playboy do Recreio pensando que aqui é colônia de férias
Regras severas, guerra, tiroteio
Não põe Deus no meio de toda essa merda
Eu digo, ok (ok)
Todos ao meu redor me dizem pra ter pressa
Fiz eles pensarem que eu 'tava morto
E no fundo do poço, eu montei minha peça
Ouço falarem, apenas falarem de esforço sem disciplina na favela
Eles falam de folhas, mas eu sou o fogo
Eu conheço esse jogo, eu não sigo essas regras
Eu me sinto lento
Na terceira garrafa em alguma boate, eu recebo contratos
Manda vir que eu pago
Esses cara' são rato' atrás de todo queijo, e de todo preto que surge no mercado
Seu empresário, de copo vazio
Meu empresário, ex presidiário, porra (porra)
Falta de oportunidade sem comida em casa
Faltava até o do pão
Cansado de ser esculachado, menorzinho de idade abraçou o plantão
Mãe viciada na pedra, o pai na cachaça
Ele na responsa do irmão
'Tava faltando a moeda
Fico até sem graça, vários nessa condição
Quem dera eu pudesse acordar e falar que isso tudo era só um pesadelo
Quem dera essas rua' não fosse pintada de sangue no Rio de Janeiro
Que teus mano' não virassem Judas
Por ganância, por dinheiro
Que aquele ditado fizesse sentido e que os último' fosse os primeiro'
Para de mexer com a mulher dos outro', se não é fogo e gasolina
Micro-ondas, e né as onda' que são surfada' pelo Medina
Mantendo o silêncio na rua mesmo tendo uma boca em cada esquina
O crack fazendo viciado assaltar de faca como se fosse esgrima
Nóis não força simpatia nem conta mentira pra passar batido
Nóis fala da realidade passando a visão, tipo bandido antigo
Sempre puxando a responsa e na hierarquia eu lembro dos amigos
É só tu botar na balança
E ver se vale à pena tu formar caô comigo
Meus mano' vencendo na vida
E na boca da esquina a vida vence os mano'
O Estado genocida incentiva
Hoje o menor tem ódio, mas já teve um sonho
Um montão não tiveram saída
Dentro de casa os problema' só vão aumentando
E o pai viciado te agredia
Já viveu isso um dia pra tu 'tá julgando?