Sou meu próprio líder: ando em círculos
Me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim
Meio-sorriso, meia-lua, toda tarde
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal
Ficou logo o que tinha ido embora
Estou só um pouco cansado
Não sei se isto termina logo
Meu joelho dói
E não há nada a fazer agora
Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem
Um outro agora vive minha vida
Sei o que ele sonha, pensa e sente
Não é por incidência a minha indiferença
Sou uma cópia do que faço
O que temos é o que nos resta
E estamos querendo demais
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal
Existe um descontrole, que corrompe e cresce
Pode até ser, mais estou pronto prá mais uma
O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos de nossas próprias vidas
O mecanismo da amizade,
A matemática dos amantes
Agora só artesanato:
O resto são escombros
Mas, é claro que não vamos lhe fazer mal
Nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete
Cada líder com seu próprio 38
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
Chega, vou mudar a minha vida
Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol
E um copo d'água