Seres Humanos
(Luciano Alves)
O que sobra da vida quando se abre mão de tudo
E ao invés de uma ponte se encontra um muro
De egos tão gigantes e espíritos tão diminutos?
De que adiantam olhos pra quem vive no escuro?
Inocentes por não ver o que há por detrás dos panos
Mas será que não é quando ignoramos
Onde reside o nosso maior e mais cruel engano?
Afinal de contas somos seres humanos
E a vaidade é o nosso pecado favorito
E lentamente a covardia vira regra de conduta
E você quer que eu acredite em verdade absoluta?
Como Sócrates tomamos todo dia um pouco da cicuta
Nesse variado jardim dos sorrisos, o seu é o que mais me assusta
Que nunca a dor nos faça retroceder no tempo
Que o medo nos impulsione firmes pra um novo momento
Que pela vida seja a nossa luta, o amor nosso sustento
Pois tudo passa, tudo muda com o vento
Inocentes por não ver o que há por detrás dos panos
Mas será que não é quando ignoramos
Onde reside o nosso maior e mais cruel engano?
Afinal de contas somos seres humanos
A vaidade é o nosso pecado favorito