Um barco ao mar
Com gente negra acorrentada
No porão do barco ao mar
E gente branca açoitando
Até matar
Até matar
Os pobres homens
Prisioneiros do escravizar
E os restantes são
Os que foram fortes
Pra avistar
Pra avistar
Aquela terra odiosa em
Que vamos trabalhar
Trabalhar
Só trabalhar
Porque não morremos como os outros
No navio negreiro, eu sei,
Que assim a saudade
Nem vinha tão
Forte como vem
E se não tivéssemos entrado
No navio negreiro, eu sei,
A felicidade e a liberdade
Seriam totais