Sem sobrenome pra vencer tem que ter fome o ego é o que te consome
É difícil ver crescer sem poesia
Quem nasceu nessa terra sabe que vai viver sem trégua
Na constância dessa guerra morre um Jesus por dia
Sei que é complicado pra entender isso aqui
Mas a miséria nunca pede por favor
Taca fogo no colchão pra ganhar um cobertor
Taca fogo no colchão pra ganhar um cobertor
A incursão começa aí no teu CEP
Vai rabiscar as Trump Wall de Fatcap
E esse bicho vai dizer (o que?)
O meu mais sincero Foda-se a você
É que entre a ludiquez e a lucidez fica meu vício
A indigerir autodidata desde o início
Licença poética que inclui agressão estética
Sina do desperdício vitalício
Seu muro me encara, atenta contra a unidade
Oprime, segrega e separa
Divide com intolerância e me diz pra manter a distância
E esse vacilo me obriga a mandar um recado
Aqui ninguém nasceu pra ser domesticado (aqui não!)
Aqui ninguém nasceu pra ser domesticado (aqui não!)