Canto tanto as minhas penas
Quanto as minhas esperanças
Umas canto pras morenas outras canto pras crianças
Tenho sempre uma cantiga ou faço alguma na hora
Pra consolo de quem briga pra o alento de quem chora
É feliz a voz do vento, e é contente a voz da água
Mas o meu contentamento sai de mim com voz de mágoa
Mas se eu canto a dor que existe
É que sei que lá no fundo, todo canto, mesmo triste
Ameniza a dor do mundo