Vou contar o que aconteceu com um rico fazendeiro
Um homem sem religião o seu Deus era o dinheiro
Foi assim que ele disse no meio dos companheiros
Na Aparecida do Norte que é a terra dos romeiros
Na igreja entro a cavalo nesse meu burrão ligeiro
Quem quiser fazer uma aposta tenho muitos mil cruzeiro
Ele teve um resposta sem demora ali no meio
De um vélinho religioso que lhe deu esse conseio
Na Aparecida do Norte nós devemos ir de joeio
O coitado do vélinho ele já surrou de reio
Quero motrá pra você que de nada eu não receio
Saio daqui no meu burro só no arta que eu apeio
Ele saiu de viagem na Aparecida chegou
Era de manhã cedinho quando a missa começou
Chegando no pé da escada seu burrão arrefugou
Sua espora sangradeiro sem piedade funcionou
O burrão foi judiado mais na igreja não entrou
Se o dono não respeitava seu burrão arrespeituo
Esta cena verdadeira muita gente presenciou
O burro deu um coscovo o seu dono ele matou
O dinheiro compra tudo mais a morte não comprou
A alma do fazendeiro com certeza não salvou
Bem na porta da igreja onde o burrão refugou
A marca da ferradura lá na escada ficou