Filha de um bairro qualquer
Fugiu em segredo da dor, do crime e do medo.
Logo se tornou mulher
Não por querer mas por ter de o fazer.
Ai Maria, dás cabo da vida de um homem tão só
Que vive com pó, com pó de magia,
Maria confia, nas emoções
Diz que há bondade em todos os ladrões
E disse baixinho,
Perdida de amor
Sempre de espreita na agulha
Refúgio fatal, sem cor, para o sofrimento.
Maria dançava na rua,
De expressão nua, ao som de um acordeão e
Voou
Maria, dás cabo da vida de um homem tão só
Que vive com pó, com pó de magia,
Maria confia, nas emoções
Fugiu com a filha e com um dos ladrões
E disse baixinho,
Perdida de amor
Maria, dás cabo da vida de um homem tão só
Que vive com pó, com pó de magia,
Maria confia, nos dons do saber
Diz que há só uma razão para viver, crescer, morrer
E disse Maria,
Perdida de amor...