Um automóvel segue cego Pela estrada iluminada de sol E o homem que está ao volante Nem olha pra trás... Aperta os olhos Solta a fumaça e pensa: Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe A velocidade que emociona É a mesma que mata O sorriso antigo agora É lágrima barata A vida não pede licença E muito menos desculpa O perdão é que possibilita O nascimento da culpa E assim Viajando pelo mundo sem fim O silêncio planta seu jardim Esse automóvel surge surdo Pelo caminho abafado de som E a mulher que escreve um poema No banco de trás Aperta os olhos Solta a fumaça e pensa: Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe Tudo se compõe, e se decompõe A velocidade que emociona É a mesma que mata O sorriso antigo agora É lágrima barata A vida não pede licença E muito menos desculpa O perdão é que possibilita O nascimento da culpa E assim Viajando pelo mundo sem fim O silêncio planta seu jardim