Estrada enferma na antiguidade
Ferida aberta, artilharia
Já fui paisagem entre a poeira
Hoje sou ar numa ventania
Conversa alheia, amenidades
Em pensamentos, patifaria
Já fui o asfalto de uma cidade
Hoje sou brisa e melancolia
Eu vou sem pouso
Tô sem plano
A mente imersa
Equilibradamente insano
Vou sem esforço
Sem causar dano
Não tenho meta
Sou um e qualquer um
A todo instante, banalidade
Constante enxame em monotonia
Já fui fiel ao rodar da esteira
Hoje sorrio poligamia
Enlace espúrio com a vaidade
Crendo em exames e alvenaria
Já fui as cinzas de uma lareira
Hoje sou fogo e alegoria
Eu vou sem pouso
Tô sem plano
A mente imersa
Equilibradamente insano
Vou sem esforço
Sem causar dano
Não tenho meta
Sou um e qualquer um