Dona
Desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Dona desses animais
Dona dos teus ideais
Pelas ruas onde andas, onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros esperando a tua voz
Teu desejo uma ordem, nada nunca, nunca é não
Do que tens dessa certeza dentro do teu coração
Tam, tam, tam, batendo à porta, não precisa ver quem é
Pra sentir a impaciência do teu pulso de mulher
Teu olhar me atira à cama, um beijo me faz amar
Não levanto, não descanso porque sei que és minha dona
Dona
Desses traiçoeiros
Sonhos sempre verdadeiros
Dona desses animais
Dona dos teus ideais
Não há pedra em teu caminho, não há onda no teu mar
Não há vento ou tempestade que te impeçam de voar
Entre a cobra e o passarinho, entre a pomba e o gavião
O teu ódio e o teu carinho nos carregam pela mão
É a moça da cantiga, a mulher da criação
Umas vezes nossa amiga, outras nossa perdição
Do poder que nos levanta à força que nos faz cair
Qual de nós inda não sabe que isso tudo te faz dona...