Calei o peito
Travei a língua
Neguei a sede
Renunciei
Queria colo
Perdi a hora
No baque surdo
Me apequenei
Insensatez é desejar o que os nossos olhos mentem
O medo, sim, prevalece
E as almas nunca mais se encantam
Molhei a febre
Curvei os ombros
Passei vontade
Adoeci
Roí as unhas
Mordi os lábios
Pedi a trégua
E recuei
Coragem foi reconhecer que até os beijos nos separam
Em vão, busquei o grande amor
Aquele que jamais deu certo
Silenciei a dor
O verbo da paixão é mudo
Abala o nosso orgulho e pisoteia o coração
Quem vai me atirar pedras?
Ou nunca teve um pé atrás?
Se fui só ameaça
Então é o que lhe convém
Foi para o seu próprio bem