Mexe-te, abana-te, liberta a condição humana
Abraça os manos e manas
Dança, como uma fonte de mana
A música chama-te
Tratei o rap por pai
Ou tive essa abordagem
Minha mãe viu no rap o filho que estava à margem
Na margem fui tratado como igual ou diferente
À minha frente fiz rap, vi rap realmente
(passou tempo demais)
Passatempos para a frente e para trás
Não é mais há 10 anos atrás
Com a mente turbulenta o espírito no caos
A natureza de um poeta no seu auge
A massa cinzenta a poluir o nosso espaço
E o corpo desajeitado tenta acompanhar o ritmo
(no compasso do planeta)
Que está sempre atrasado
A tentar provar pela arte que estás vivo
Mexe-te, abana-te, liberta a condição humana
Abraça os manos e manas
Dança, como uma fonte de mana
A música chama-te
Com quantos paus se faz uma canoa
Ela desfaz-se em quanto tempo?
É duradoura ou dura o tempo?
Como uma aventura em direção ao desconhecido
Sem partitura, parti-me todo
A palavra dura, vi uma abertura com o nome de Rapadura
Mel, banda crua, ganda turma
Cruel
É quando a canoa afunda
Eu mexo-me, abano-me, a música chama-me
Faço a minha parte, a minha arte ama
Sweet art baby, pára com o drama
Ganda dança parte a barraca abana até manhana
Eu fico trancado devoto a chamar a entidade dúbia
Música no seu lugar
A ligação linguística, o ritmo e a poesia fazem a cerimónia
Ser única e sem mestres lá
Mc's act like they don't know
Mexe-te, abana-te, liberta a condição humana
Abraça os manos e manas
Dança, como uma fonte de mana
A música chama-te