Quem me vê assim não diz que já fui um bom boiadeiro
O peão mais afamado, de todo o sertão Mineiro
Era sempre bem disposto, nunca recusei transporte
Eu rasgava esse sertão, desce o Sul inté ao Norte
E então pra marcação, era sempre escoído
Por ser boiadeiro bom, e por ser arresorvido
Não havia uma novia , i nem boi pra me agüenta
Por mais ruim que fosse o bicho, eu fazia a ajueiá
Mais um dia não sei como, minha vida se arruíno
Me aparece um certo boi , foi o Diabo que mando
Ele surgiu que nem raio, quando o sai da trovoada
Me embruiô numa puera, i despoi não vi mais nada
Hoje eu vivo na cadeira, com as pernas entrevada
A saudade faís chora , quando eu vejo uma boiada
E assim quero esquecê, dos bom tempo que se foi
Quero i pra argum lugá, onde eu não veja boi.