Sou riograndense criado no pago
Saudade trago guardado no peito
Sou boiadeiro e manejo a laço
Tudo que faço sempre sai perfeito.
Meus apetrechos guardo por lembrança
E a herança do meu velho pai -
Caco tapeado que já marcou data
Das esporas de prata, das que não tem mais.
E assim o tempo lá se vai passando
E recordando a gente vive então
Com minha gaita vou alegrando o povo
Meu versinho novo desse xote bom.
Todo o gaúcho que deixa a querência
Tem na consciência uma tranqüilidade -
Vem pra São Paulo conhecer os paulistas
A onde conquista um laço de amizade.